TURISTANDO PELO MUNDO: turismo
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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

MONTEVIDÉU / URUGUAI




A cidade é relativamente pequena – tem cerca de 1,3 milhão de habitantes, mas tem muitas opções de entretenimento 
É inevitável a comparação com Buenos Aires, do lado argentino do Rio da Prata, onde a vida noturna agitada e a fama dos centros comerciais acabam atraindo mais visitantes estrangeiros.



Mas quem procura fazer turismo em uma capital sul-americana com ares europeus e sem a agitação da capital argentina não pode deixar de incluir Montevidéu no roteiro.
O Teatro Solis, em Montevidéu (Otávio Rodrigues)



Porto de Montevidéu (Thinkstock)
A cidade é relativamente pequena – tem cerca de 1,3 milhão de habitantes – e não oferece tantas opções de entretenimento como a vizinha, mas a capital mais jovem da América Latina, fundada na primeira metade do século 18, tem um clima tranquilo de interior raro em outras grandes cidades hispânicas da América do Sul, além de um Centro Histórico com casarões coloniais, praças e parques. É só diminuir o ritmo e aproveitar.
Plaza Independencia, no centro de Montevidéu (Thinkstock)
Teatro Solís (Thinkstock)
O passeio pelo centro antigo começa na Puerta de la Ciudadela, marco zero do setor histórico, que conecta com a Plaza Independencia. Na esquina com a Avenida 18 de Julio, principal artéria da cidade, está o emblemático Palacio Salvo, de 1925, cartão-postal de Montevidéu. Ali perto, na Avenida Reconquista, outro ponto de referência é o Teatro Solís, de 1856, que mantém variada agenda com espetáculos de música, teatro e dança.

O Mercado del Puerto é uma das melhores opções para provar a verdadeira parillada uruguaia (Christian Córdova/Flickr/Creative Commons)
Vista externa do Mercado del Puerto (Suedehead/Flickr/Creative Commons)
Também há bons museus, como o Torres García, dedicado a um dos artistas contemporâneos mais importantes da América do Sul, cuja prolífica obra inclui o mapa invertido do continente. E, para quem gosta de futebol, o Estádio Centenário, palco da primeira Copa do Mundo, em 1930, conta com um interessante acervo.
Todo mundo tem seu bar favorito em Montevidéu (Ostrosky Photos Creative Commons)
Ciudad Vieja (Cidade Velha) em Montevidéu, Uruguai (Alejandro Dagnino/Wikimedia Commons)
Não deixe de curtir algumas horas percorrendo as Ramblas, calçadões com vista para o Rio da Prata que têm ciclovias e áreas para descanso com pequenos mirantes ao longo do trajeto.


Carros e test-drives. Todo mundo tem aquela lembrança familiar de férias, com o pai dirigindo mal-humorado, enquanto a garotada tocava o inferno no banco de trás. Já chegamos? Podemos parar no Rancho da Pamonha? Quero fazer xixi! As nossas recordações estão ligadas a veículos como Fusca, Variant e Caravan, talvez um Gol ou Monza para os mais novos. Para os mais velhos, no entanto, lembrar de modelos ainda mais antigos é rever o passado que tiveram com nossos avós e bisavós, de lembrar de como eram as ruas em suas infâncias. 


Há diversos bons museus de carros, motos, ônibus e bondes tanto no Brasil como fora daqui, alguns até oferecendo test-drives. Aqui, como em poucos outros lugares, a memória afetiva levanta sorrisos! (Divulgação/Vinícola Bouza)
Montevidéu e Buenos Aires, aliás, podem ser visitadas na mesma viagem. Há um serviço fluvial permanente que atravessa o Rio da Prata interligando as duas capitais. Confira tarifas e horários na Buquebus.
Mercado del Puerto em Montevidéu, no Uruguai (Jorge Gobbi/Wikimedia Commons)
COMO CHEGAR EM MONTEVIDÉU 
A Gol (www.voegol.com.br) tem voos diretos de Porto Alegre, além de São Paulo e Rio. A TAM (www.tam.com.br) oferece também voos diários entre São Paulo e a capital uruguaia. Em Montevidéu, o desembarque é no Aeroporto Internacional de Carrasco (www.aic.com.uy).



De ônibus também se chega ao Uruguai, e as companhias possuem rotas que partem do Sul e Sudeste do Brasil. Do aeorporto ao centro, cerca de 20 quilômetros de distância, a corrida de táxi custa US$ 30. A alternativa é tomar o ônibus DM1, a US$ 1,10, que vai até Punta Carretas.
(FabricioMarcon/Flickr/Creative-Commons)
COMO CIRCULAR POR MONTEVIDÉU 
O trânsito na capital uruguaia é tranquilo. O transporte público funciona até a meia-noite, mas as principais linhas de ônibus têm saídas a cada hora durante a madrugada. Os táxis não são caros e viram boa opção para se locomover à noite. Os roteiros pelo Cuidad Vieja podem ser feitos a pé.
Palácio Salvo, no centro de Montevidéu (Marisali Creative Commons)
GASTRONOMIA
A mesa uruguaia venera cortes de carne (de boi ou cordeiro, principalmente) acompanhados por um bom vinho. Ao lado dos asados, também são encontradas ótimas empanadas, frutos do mar e massas, além de sobremesas como o imbatível doce de leite e, claro, alfajores. Com mais de 20 restaurantes, o Mercado del Puerto é o endereço certo para ser apresentado às delícias e tentações da gastronomia uruguaia.
Carnívoros, os uruguaios adoram uma parrilla (Ostrosky Photos Creative Commons)
O QUE COMPRAR
Artigos de couro, artesanato e peças de decoração podem ser econtrados em endereços como a Casa Mario (Calle Piedras, 641), a Manos del Uruguay (Calle San José, 1111) e o Mercado de los Artesanos (Plaza Cagancha, 1365).
Plaza Independencia, Montevidéu, Uruguai (Wikimedia Commons)


Vista aérea de Montevidéu, às margens do rio da Prata (matthintsa Creative Commons)
INFORMAÇÕES AO VIAJANTE
Línguas: Espanhol
Saúde: Não há exigências específicas
Melhor época para visitar: Entre setembro e abril, o país registra o menor índice de chuvas. No verão, os termômetros não ultrapassam os 28ºC. No inverno gelado, a temperatura pode chegar aos 6ºC, ou menos, de acordo com a região. Em Montevidéu, venta muito nessa estação mais fria.


Site: http://www.montevideo.gub.uy
População: 1.336.000 hab
Fuso horário: 0h (horário de Brasília)
Distância de outras cidades: Punta del Este 136km, Colônia del Sacramento 176km
Puerta de la Ciudadela, em Montevidéu, no Uruguai (Carlos Pazos)



UNIVERSAL ORLANDO RESORT / FLÓRIDA / ESTADOS UNIDOS (USA)




Os 68 milhões de pessoas que devem visitar a cidade até o fim do ano vão pirar. Eu conferi os dois novos parques em primeira mão. E pirei.
Sessenta e sete dias. Eis o tempo que você precisaria para conhecer mais de 100 atrações de Orlando. Hoje, é tanto, mas tanto parque, tanta oportunidade de diversão que nem precisaria ter novidade. Mas tem.




Só em 2017 são quase 30 novas atrações de peso – 18 só no novo parque Volcano Bay e duas em Pandora, a nova área do Animal Kingdom. Os 68 milhões de pessoas que devem visitar a cidade até o fim do ano vão pirar. Eu conferi os dois novos parques em primeira mão. E pirei. Vem comigo! 
(Avatar/Divulgação)
VOLCANO BAY 
Quatrocentos e trinta e sete degraus levam ao topo do vulcão. Quatrocentos e trinta e sete lembretes de que você está cada vez mais alto. Lá em cima, do alto dos 61 metros, a respiração está ofegante. Do mirante, tem-se a vista completa para o Volcano Bay, terceiro parque da Universal e o mais novo parque aquático de Orlando, inaugurado em maio. Aproveito por alguns segundos a visão panorâmica desse paraíso artificial inspirado na cultura do povo Waturi, da Polinésia, respiro fundo e a indecisão toma lugar. Qual das três opções de descida eu encaro?



Não faça como eu. Não se impressione demais com o fato de você ter de entrar em cápsulas vestindo apenas seu frágil maiô. Nem com a imagem das pequenas plataformas que se abrirão sobre os seus pés, lançando-o por um estreito túnel. Interrompa o fluxo do seu ponderado pensamento e escolha, logo, sem titubear, uma das três opções de tobogã: 1) uma descida suave; 2) uma descida um pouco mais radical; ou 3) uma descida desenfreada, quase na vertical, direta e reta. 
O admirável mundo novo de Avatar, no Animal Kingdom (Howie Muzika/Flickr) (Howie Muzika//Avatar e Volcano Bay: as novidades de Orlando/Flickr)
Qualquer uma dessas opções será melhor do que descer a pé os quatrocentos e trinta e sete degraus, recebendo os respingos do brinquedo na cabeça. É… É uma dureza amarelar! Principalmente enquanto o resto do mundo espera você lá embaixo, na água quentinha, vibrando de alegria. Mas não se preocupe. O bom do Volcano Bay é que a gente não exibe a cara de “chicken exit” por muito tempo.


O novo parque tem outras 15 atrações padrão família. Todas elas dispostas, como em um anel, ao redor do vulcão de 61 metros de altura (esse detalhe facilita a sua localização e movimentação no parque). Sem boias, em boias simples, em boias duplas, em boias múltiplas, quase todas as atrações sempre implicam na fórmula: altura + velocidade = tchibum no final.


Muitas das atrações são para toda a família, literalmente, já que acomodam até seis pessoas na mesma boia. “Quanto mais peso, mais a boia vai para cima”, avisa o simpático funcionário do parque. É bom dizer: a boia, nesse parque aquático, não precisa ser levada até o topo do brinquedo no lombo dos visitantes. Providenciais esteiras fazem o trabalho, o que é conveniente, já que quase todas as descidas partem beeem do alto.


Há exceções, claro, como o clássico rio que corre suavemente, sem qualquer queda; a enorme piscina de ondas de frente para a praia, com areia e tudo; e o parquinho molhado para as crianças pequenas, com brinquedões, fontes e escorregadores. 
(Volcano Bay/Divulgação)
A inovação que o Volcano Bay traz é uma montanha-russa aquática, a Krakatau Aqua Coaster, em que até quatro pessoas se sentam em uma espécie de canoa e vão deslizando por subidas e descidas radicais, com o impulso da água. Mas há quem diga que a grande sacada do lugar foi a pulseira que dá acesso às atrações, batizada de TapuTapu. O gadget, que evidentemente é à prova d’água, faz com que você drible todas as filas. Funciona assim: você encosta a pulseira no totem da atração desejada, vai curtir outras áreas do parque e aguarda até que a pulseira pisque. Pronto. Basta se jogar.


Para aproveitar melhor o parque, chegue cedo, quando o sol que castiga a Flórida ainda está suave. Escolha algumas espreguiçadeiras à sombra (ou alugue uma cabana) e instale-se. Se você optar por alugar toalhas no parque, veja o “problema” que poderá ocorrer: por serem todas idênticas, é possível que se leve dois minutos, em vez de um, para achar a sua na multidão. Possível solução: leve suas próprias toalhas e bem coloridas. 
Krakatau Aqua Coaster, a nova montanha-russa de Volcano Bay (Divulgação) (Volcano Bay/Divulgação)
PANDORA: O MUNDO DE AVATAR 
“Fazer o impossível é um tipo de divertimento.” Consegue imaginar Walt Disney dando uma risada ao dizer isso? Quando vir essas e outras frases de efeito emolduradas e pregadas nos tapumes dos parques da Disney, saiba: um novo sonho está sendo construído. Os imagineers, palavra sem tradução que une imaginação + engenheiro, em inglês, adoram espalhar tais frases por todas as obras. Pois, dessa vez, eu voltei ao Animal Kingdom para conhecer a maior expansão da sua história, Pandora: o Mundo de Avatar.


Não é à toa que a fila siga em mil circunvoluções por duas outras áreas do parque. A ansiedade não é apenas para experimentar as duas atrações ali contidas, mas para ver a nova área de 48 mil metros quadrados. Dessa vez, os imagineers criaram um novo mundo – com vegetação, cores, sons e cheiros peculiares. “Até a equipe não é deste mundo”, brinca a guia que me acompanha através das alamedas de flores azuis e plantas cor-de-rosa, misturadas com as vegetações exóticas. 
É possível navegar no rio que passa pela floresta bioluminescente, que fica ainda mais deslumbrante à noite (David Roark/Flickr)
Para marcar ainda mais a travessia – lembre-se de que Pandora está em outro planeta -, o uniforme e a plaquinha de identificação dos funcionários remetem à empresa Alfa Centauro Expeditions, que promove expedições turísticas ao mundo de Avatar. James Cameron, diretor do filme em que Pandora foi baseado, ficou encantado: “Agora é possível sentir sensorialmente o mundo criado no filme. Você pode tocá-lo, cheirá-lo, percorrê-lo. E ainda voar”.


Não é exagero do criador diante de sua criatura. Pandora é diferente de tudo o que você já viu. Visite-o durante o dia para se ater aos detalhes. Observe as cachoeiras – inspiradas nas cascatas do Parque Nacional dos Lagos de Plitvice, na Croácia – escorrendo das montanhas flutuantes (na verdade, uma estrutura de aço coberta por mais de 800 cipós). Note aponte e outras plantas exóticas feitas por um time de mais de 60 artesãos de várias partes do mundo.


Ouça os barulhos… Os rugidos, os guinchos e outros sons que foram coletados entre os próprios animais do Animal Kingdom. Espalhadas por Pandora, há mais de 300 caixas de som, replicando 250 canais de áudio para que, em cada pedaço, exista um som singular. 
Baobá, árvore-símbolo do Animal Kingdom (David Roark/Divulgação)
Em outra oportunidade, visite Pandora à noite. Você irá se deslumbrar com o efeito da floresta bioluminescente. Não use branco para não ofuscar o brilho das plantas coloridas, do chão de estrelas e das árvores luminosas desse mundo em que as coisas têm luz. Se você se sentir um avatar, não estranhe. Aproveite para pintar o rosto de azul em um dos discretos quiosques de maquiagem. 
Nesse outro planeta, as atrações não são identificadas por placas, mas por totens na’vi, confeccionados à mão por artesãos de Jacarta. E é assim que você descobre a entrada da primeira atração, o Na’vi River Journey.


Você embarca em uma canoa de oito lugares e percorre, hipnotizado, a floresta brilhante, vendo suas plantas e criaturas estranhas, até encontrar uma xamã Na’vi. 
A segunda atração, o Avatar Flight of Passage, é ainda mais ambiciosa. Nessa aventura, você é conectado a um avatar e voa em um banshee – aquela criatura do filme – para cumprir um rito de iniciação. O Flight of Passage – ou Voo de Passagem – é um simulador em 4D. E que simulador! Tem cheiro, tem respingo d’água, tem vento, muito vento! Quebra todos os paradigmas de simuladores. 
O Na’vi River Journey (Gustavo Caballero/Getty Images)
A atração hipnotiza desde a fila. E faço questão de frisar: mesmo que você tenha FastPass, o passe com hora marcada, você precisa fazer pelo menos uma vez o percurso da fila normal, que passa pelo laboratório de ciências. Durante o trajeto, você recebe as instruções e, ao chegar ao simulador em si, se senta em uma espécie de moto voadora. 
Acontece assim (atenção, que vem spoiler – se quiser pule o parágrafo): o encosto do banco se fecha nas suas costas e você sente uma vibração na coluna. Após colocar os óculos de 3D, à sua frente, em um visor, você vê seu rosto se transformar no de um avatar.


Dali, você “voa” para outra dimensão e se transporta para a realidade virtual. Como a tela tem quase 360 graus, você esquece que está preso à moto e começa a sentir a respiração do banshee entre seus joelhos. Para onde quer que olhe com os óculos de 3D, você vê detalhes de Pandora – a floresta, as montanhas flutuantes, o oceano, as cavernas… E, dependendo do lugar em que você cai – mais para a direita, mais para a esquerda, mais para cima, mais para baixo, a sua aventura e visão são diferentes. Mas o mundo de Pandora não termina aí. 
Rivers of Light, show tinindo de novo (Gustavo Caballero/Getty Images)
Como todas as boas experiências da Disney, ela se completa em uma loja com toda a memorabilia de Avatar e em um restaurante, o Satu’li Canteen, que enaltece a cultura do povo Na’vi e sua devoção à natureza. Os pratos são coloridos e naturebas. As bebidas, claro, são de um azul-avatar. É possível também pedir a refeição pelo aplicativo, do jeito que desejar, e depois ir buscá-la em uma fila rápida.


Pandora é parte de uma estratégia da Disney de transformar o Animal Kingdom em um parque também noturno. Até bem pouco tempo atrás, o parque fechava às 17 horas, mas agora, estando aberto até as 23h, é possível aproveitar o safári noturno para observação dos animais; o espetáculo Tree of Life Awakenings, um show de projeções no imenso baobá, árvore-símbolo do parque; e o recém-inaugurado Rivers of Light.

Neste show, você se senta em um banquinho em um imenso anfiteatro construído à beira do lago e aproveita uma genuína parada da Disney. Com duas diferenças: lugar marcado e visibilidade total. O efeito é lindo: as balsas, que têm formato de flores gigantes, e os barcos desfilam e fazem evoluções sobre a água, no melhor estilo Joãosinho Trinta. Os reflexos são incríveis – bem como as projeções que acontecem simultaneamente nas árvores da outra margem. 
Por Bettina Monteiro
(Volcano Bay/Divulgação)

Fonte dos textos e fotos: viagemeturismo.abril.com.br / Becker Thymonthy / Divulgação



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