LINHA DO TEMPO DA "IRLANDA" / WORLD
O Castelo de Dublin, localizado na capital, foi a sede do governo britânico até a década de 1920. Hoje, é um dos grandes pontos turísticos da cidade, além de abrigar conferências
O Castelo de Dublin, localizado na capital, foi a sede do governo britânico até a década de 1920. Hoje, é um dos grandes pontos turísticos da cidade, além de abrigar conferências
Estado soberano da Europa que ocupa cerca de cinco sextos da ilha homônima. É uma república constitucional governada como uma democracia parlamentar, com um presidente eleito para servir como chefe de Estado. Considerada um país desenvolvido, a Irlanda tem o décimo primeiro maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo, além de ótimas classificações em índices que medem o grau de democracia e liberdades como a de imprensa, econômica e política. Além da União Europeia (UE), a Irlanda também é membro do Conselho da Europa, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Organização das Nações Unidas (ONU). Sua capital é Dublin e sua população é estimada em 4,58 milhões de habitantes.
A "capital do oeste" da Irlanda não passa de 80 mil habitantes.
O tamanho, porém, esconde uma profusão histórica e cultural que encanta os visitantes da cidade de Galway.
Destino de muitos brasileiros que buscam o país para fazer intercâmbio, Galway vê sua população acrescida anualmente com 20 mil estudantes que chegam em busca de uma de suas universidades. O resultado é uma efervescência cultural que aflora dos menores pubs aos grandes festivais que anualmente agitam a cidade, como o Festival de Artes. Tudo sem deixar para trás as tradições irlandesas, com suas lindas igrejas e castelos.
Na charmosa cidade de Galway, vale a pena visitar a Abadia de Kylemore e o o Jardim Murado Vitoriano, que inclui uma área verde belíssima
Em Dublin, a Catedral da Santíssima Trindade é considerada a igreja medieval mais antiga da capital irlandesa - a segunda seria a de São Patrício. É aqui que fica a cripta mais antiga do Reino Unido, aberta à visitação
A Casa de Muckross, localizada em County Kerry, foi projetada pelo arquiteto escocês William Burn para a pintora Mary Balfour Herbert e seu marido – o político Henry Arthur Herbert. A construção foi finalizada em 1843 em meio ao belo jardim, aberto hoje para visitação
O inglês falado com sotaque bastante carregado nas ruas da Irlanda só não é mais incompreensível do que o irlandês (ou gaélico), idioma oficial desde 2005 e praticado por mais de 100 mil nativos, sobretudo nas zonas rurais.
Com pouco mais de 6 milhões de habitantes, a República da Irlanda ocupa cinco sextos dos 84 421 km² da ilha (no restante fica a Irlanda do Norte, com sua capital Belfast).
As Falésias de Moher beiram o oceano com penhascos que encantam turistas do mundo todo. A paisagem é tão surreal que foi utilizada como cenário para o filme "Harry Potter" e já esteve entre as 7 Maravilhas do Mundo
É possível percorrer uma trilha de bicicleta pelas Falésias de Moher. Os níveis de experiência são variados, mas é preciso ter cautela com o terreno escorregadio e trechos que possuem apenas 40 centímetros de largura. O ponto mais alto do percurso de 8 quilômetros tem cerca de 200 metros
O vilarejo de Ardmore, em County Waterford, é uma região propensa a atividades como a pesca
Com 8 quilômetros de extensão, as Falésias de Moher, no Condado de Clare (oeste da Irlanda), chegam a uma altura máxima de 214 metros e são uma das principais atrações do país
Há brincadeiras com o clima até nas camisetas vendidas nas lojas turísticas. Além dos ventos, a chuva dá pouca trégua aos habitantes e, dizem, marca presença em 275 dias do ano. Por isso, procure visitar o país entre junho e agosto, meses mais quentes e com dias mais longos.
Terra natal de lendários mestres das letras, como Jonathan Swift, Oscar Wilde, James Joyce, Samuel Beckett e Bram Stoker, a Irlanda ganhou status pop por ter sido o berço da criação da banda U2, em 1976. Mas há quem diga que quem mais combina com as bucólicas paisagens do país é a cantora Enya, também irlandesa de origem, que faz uma música new age inspirada nas canções celtas.
Para entender como se faz o whisky irlandês, a dica é visitar a Old Jameson Distillery, na capital Dublin
Velha conhecida dos moradores do país – e do resto do mundo – a cerveja Guinness é saborosa e bem encorpada. A presença dela é obrigatória nos pubs e até em algumas receitas
Na Irlanda, há muitos pratos que agradam o paladar e são verdadeiros ícones do país. O Irish Stew, por exemplo, é nada menos que um ensopado preparado com carne de carneiro e legumes
Outra comida típica, o boxty, consiste em uma panqueca de batata, que pode ser servida com salada ou legumes. A gaélica, por exemplo, é recheada com carne e envolta em um molho de cogumelos
Retrato perfeito da culinária irlandesa, o Colcannon é uma receita saborosa que leva purê de batatas, couve, manteiga, sal e pimenta. Ele também pode vir acompanhado de carnes, pães e legumes
A capital, Dublin, quase sempre é o destino principal dos turistas, embora o país seja repleto de encantadoras cidades menores e pitorescos vilarejos. Não muito longe de Dublin, a região montanhosa de Wicklow, Glendalough e o Vale de Avoca oferecem a oportunidade de um dia de visita passando por paisagens deslumbrantes entremeadas por vales, lagos, mar, campos e terrenos áridos.
Símbolo do país, o trevo de três folhas é encontrado numa infinita coleção de suvenires, uma das principais atrações comerciais da Irlanda, sobretudo na cadeia de lojas Carroll’s.
A vila de Baltimore, localizada no condado de West Cork, atrai turistas durante o verão graças às suas casas confortáveis
No Parque Nacional de Killarney, a bela Ladie's View torna-se ainda mais estonteante ao pôr do Sol. O nome, a propósito, não é à toa: a região foi admirada por damas de honra durante a visita da Rainha Vitória, em 1861
A costa da Irlanda nos remete a paisagens dramáticas, repleta de cores verdejantes
COMO CHEGAR
Não há voos diretos do Brasil para a Irlanda. Várias companhias aéreas, como TAM, Airfrance e Lufthansa, oferecem voos para Dublin, e a maioria das escalas passa pelas cidades de Paris, Lisboa ou Londres.
País de muitas histórias, a Irlanda é repleta de belos cenários, com lagos e montanhas que lhe conferem um ar bucólico
Um dos maiores parques urbanos da Europa é o Phoenix Park, em Dublin, capital da Irlanda; em seus 700 hectares, há campos de críquete e polo, uma pista de motor-racing e casas históricas, construídas no século 18 – entre elas, a residência oficial do presidente da Irlanda e a do embaixador dos Estados Unidos
O Vale de Glendalough, em County Wicklow, abriga um mosteiro do século 6. Hoje, ele oferece diversos workshops e serve de hospedagem para os visitantes da região
Ruínas do Castelo de Ballycarbery, do século 18, na região de Cahersiveen. A história conta que ele foi duramente atacado pelo parlamento britânico durante as Guerras dos Três Reinos
O condado de Galway é uma das regiões onde o irlandês substitui o inglês como idioma. A pesca é a principial atividade econômica do lugar
Por ser um ponto importante para a construção de ninhos de aves marinhas na Irlanda, as Falésias de Moher fazem parte de uma área de proteção ambiental
DUBLIN / CAPITAL
Dublin, capital da Irlanda, fica na costa oriental do país, na foz do Rio Liffey, que divide a cidade em duas partes. Mais pacata e hospitaleira (e, de certa forma, não menos agitada) do que Londres, suas ruas tranquilas e sua fácil locomoção a pé (quase tudo é plano) permitem conhecê-la caminhando por entre prédios de arquitetura georgiana do século 18.
Se o interesse é histórico, há o Trinity College, que abriga um manuscrito ilustrado do século 8, e a Catedral de Saint Patrick (um dos santos padroeiros do país), entre outras atrações.
A vida noturna de Dublin é movimentada, repleta de bares e pubs ao estilo irlandês. Existe uma concentração de lugares para beber na área de Temple Bar, mas o agito (e boas cervejas) estende-se por boa parte da capital
Considerada o principal templo cristão da Irlanda, a catedral de Saint Patrick data do século 12 e foi construída em estilo gótico
Dublin, porém, é a sede europeia do Google, dos (mais de mil) pubs e das baladas sem hora para acabar na região do Temple Bar. Este antigo bairro enfrentou um período de decadência, mas foi totalmente restaurado na década de 1980. Hoje, abriga, além dos pubs mais descolados, lojas bacanas, galerias de arte, brechós retrôs, restaurantes estrelados e mercados em ruas exclusivas de pedestres.
Projetada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, a ponte Samuel Beckett cobre o rio Liffey, em Dublin
Dizem que dos 365 dias do ano, apenas 100 não têm céu nublado ou chuva e, por isso, o mês de setembro virou o preferido dos visitantes. Se a intenção é ver, ser visto e fazer compras, o calçadão da Grafton Street parece ser o endereço certo.
Ir a Dublin e não conhecer a fábrica de sua bebida mais famosa não há cervejeiro que aguente. Um tour didático pela Guinness Storehouse mostra como a delícia irlandesa é fabricada e termina com uma pint de 568 mililitros no Gravity Bar, que brinda os visitantes com visão panorâmica de 360º da cidade.
O histórico edifício Four Courts - que abriga, entre outras, a Suprema Corte do país - foi bombardeado pesadamente em 1916, durante a Guerra Civil Irlandesa
Localizado na margem norte do rio Liffey, o edifício neoclássico do Custom House originalmente abrigava a alfândga do porto de Dublin. Hoje é sede de outros departamentos governamentais
Como chegar
Saindo de São Paulo ou do Rio de Janeiro, o turista conta com diversos voos até a Irlanda, porém não existe uma viagem direta, sem escalas. Há várias opções de companhias aéreas e a maioria das escalas passa por Paris (Air France), Amsterdã (KLM), Frankfurt (Lufthansa) e Londres (British Airways), mas também é possível via Lisboa (TAP) ou Madri (Iberia).
O Aeroporto de Dublin fica a aproximadamente 10 quilômetros do centro da cidade. O serviço de deslocamento é operado por cinco empresas de ônibus, com tarifas a partir de 6 euros. Outra opção é tomar um táxi.
A imensa biblioteca do Trinity College é a maior do país, sendo repositária legal de toda a obra impressa no país
Como circular
A capital da Irlanda conta com uma eficiente rede de transporte público. Há linhas de ônibus para toda parte, com pontos de parada bem sinalizados. O detalhe é que os passageiros pagam o equivalente ao trecho percorrido.
Use moedas e informe-se sobre o ponto em que você pretende descer, assim poderá separar o montante exato. Isso é importante, pois, em vez do troco, você recebe um vale na quantia correspondente para ser usado numa próxima viagem.
Além disso, há também o Dart (trem que liga o centro aos bairros periféricos, ou seja, residenciais) e o Luas (metrô de superfície). É possível circular pelo país de ônibus (Bus Éireann), trem (Irish Rail) ou avião (Ryanair).
Em substituição às barcaças que faziam a travessia do rio Liffey foi construída uma ponte e, para cruzá-la, cobrava-se uma moeda 'meio penny' ou 'half penny'. O nome pegou e foi até rebatizado quando o pedágio aumentou para 1½ penny. Tornou a Penny Ha'Penny Bridge
Uma jogada de marketing esperta transformou uma boa cerveja porter (a stout é um tipo de porter) em ícone de uma cidade, de um país. Quebrando recordes mundiais ou não, a Guinness Storehouse é provavelmente a atração turística número 1 de Dublin, atraindo milhares de visitantes para conhecer um pouco mais da história do creme negro, sempre servido entre 6 e 7 graus.
Guinness Storehouse
Guinness Storehouse
Neste edifício de sete andares você conhecerá a história da bebida, antigas e atuais garrafas, trabalhos de publicidade, métodos de produção (a fábrica em si, no entanto, é fechada à visitação), degustação e merchandising. Há uma grande loja com artigos relacionados, um espaço onde você aprenderá a tirar um chopp perfeitamente e vários bares e restaurantes. Do Gravity Bar é possível ter uma bela vista da cidade.
O chope - e a vista da cidade - são as duas grandes atrações do Gravity Bar, no fim do passeio pela Guinness Storehouse, em Dublin, Irlanda
O Gravity Bar na Guinness Storehouse tem um amplo janelão com vista panorâmica para Dublin
St James's Gate
Dublin 8
+353 (1) 408-4800
www.guinness-storehouse.com/
Acervo de garragas na Guinness Storehouse
Loja da Guinness Storehouse
Horário de funcionamento:
Abre diariamente, das 9h às 17h30
Formas de pagamento:
€16, 50 (adultos), €13 (estudantes maiores de 18 anos e maiores de 65 anos), €10 (estudantes menores de 18 anos), €6, 50 (crianças entre 6 e 12 anos). Há desconto de 10% na compra de ingresso para adulto no website
Vista do Gravity Bar, no alto do Guinness
Storehouse
SERVIÇOS DISPONÍVEIS
Estacionamento
Ar-condicionado
O pint da cerveja escura, amarga e endeusada pelos irlandeses
INFORMAÇÕES
Línguas: Inglês e irlandês (gaélico)
Moeda: Euro
Como ligar para o Brasil: 0800-890-4411
Visto: Não é necessário tirar nenhum visto
Saúde: Nenhuma vacina é obrigatória
Embaixada oficial no Brasil:
SHIS QL 12 conjunto 5 casa 9, Lago Sul, Brasília
(61) 3248-8800
http://www.embaixada-irlanda.org.br
GIRO PELA IRLANDA / O QUE DE BOM FAZER
1. Pubs, naturalmente
1. Pubs, naturalmente
Irlandeses cultivam a fama mundial de beberrões da melhor maneira: bebendo. Há quem diga que essa vocação nacional explica o fato de as portas das casas de Dublin serem tão coloridas: na arquitetura uniforme da cidade, seria esse o único jeito de os extraviados não errarem de endereço na volta do pub. E pub é o que não falta. Na cidade de pouco mais de 500 mil habitantes, pequena, existem cerca de 700 deles. “Um bom quebra-cabeça seria atravessar Dublin sem passar por um pub”, disse, cheio de razão, o escritor James Joyce.
Antigas casas transformadas em bares, os pubs também são todos parecidos na arquitetura. Os ambientes se diferenciam de acordo com o número de pints (se fala “páint”), os copos com um pouco mais de meio litro de cerveja, ingerida na toada da música gaélica. No balcão há um horizonte de torneiras metálicas com cervejas de todo o mundo – embora pedir alguma que não seja a Guinness, a marca-símbolo nacional, possa render olhares de reprovação.
Mas pubs são lugares, principalmente, para confraternizar, reunindo jovens ou idosos, homens ou mulheres – até crianças, devidamente acompanhadas pelos pais. Todos estão lá, participando da tradição irlandesa de compartilhar alegrias e problemas à mesa do bar com um sláinte! (“saúde!”, em gaélico).
Depois de alguns pints, já com o inglês lubrificado, é ótima ideia puxar conversa com os moradores. Você vai ouvir um pouco mais da cidade – sua história, personagens locais, futebol, outros pubs imperdíveis... Caso a noite seja longa, dá para emendar em pubs baladeiros, que juntam tudo isso com música eletrônica, pop e rock.
2. Café da manhã para os fortes de estômago
Bom dia! O café da manhã está servido. Bacon, ovo, tomate, champignon, salsicha, feijão com molho de tomate e um pouco de mel, chouriço (black pudding) ou linguiça (white pudding) no formato de minihambúrguer, torradas, café ou chá. Por € 10, você traça esse desjejum campeão.
A gulodice data da época em que os trabalhadores das fazendas tomavam o café da manhã reforçado, pois não tinham tempo de almoçar. Hoje, vale como mata-ressaca – ou refeição para os turistas que querem economizar pulando – como os antigos trabalhadores – o almoço. Coragem!
3. Futebol irlandês e hurling, a dupla dos Jogos Gaélicos
Nada de futebol, basquete ou vôlei. Os esportes mais populares no país são o futebol irlandês (ou gaélico) e o hurling, a dupla dos Jogos Gaélicos. O primeiro (para simplificar) é uma espécie de rúgbi com elementos do futebol: além de carregarem a bola (redonda) com as mãos em direção ao gol, os jogadores também precisam usar os pés, fazendo “embaixadinhas”;
O segundo tem um quê de hóquei, em que tacos são usados para conduzir uma bola até um gol parecido com o de futebol. É mais divertido ver do que tentar entender...
Os jogos acontecem principalmente no Croke Park, o maior para jogos amadores. Nas arquibancadas, as cores dos times se misturam, sem nenhuma confusão. Para quem se animar, dá para jogar uma partida – basta agendar.
4. Corrida de cachorros no Shelbourne Park
Um dos programas mais tradicionais entre os dublinenses são as corridas de cachorros. Elas acontecem às quartas, às quintas e aos sábados à noite, no Shelbourne Park, estádio com capacidade para 5 mil pessoas.
Os cachorros, da raça galgo, eram utilizados originalmente para caçar e acabaram se dando bem nas pistas, onde atingem velocidades de até 65 quilômetros por hora – basta uma olhadinha no celular para perder uma corrida. Só para entrar no clima, é possível apostar uns poucos euros nas corridas – como eu fiz.
Mas achei mais divertido mesmo o ambiente nas arquibancadas, povoadas de senhores de boina vibrando com suas apostas na mão. Sim, nem todos vão simpatizar com a ideia de animais correndo para diversão, mas o fato é que os bichos são bem tratados – a maioria deles é animal de estimação da família dos treinadores. Quando acaba a corrida, voltam pra casa.
5. O Viking Tour, para conhecer a cidade e assustar os turistas
Se você estiver andando distraído pelas ruas de Dublin e vir um barco viking sobre rodas cheio de turistas gritando sob capacetes com chifres, não se assuste – embora a ideia deles seja, na verdade, te assustar. Melhor ainda é ser um deles.
O Viking Splash Tour dura uma hora e 15 minutos e percorre os principais pontos turísticos da cidade. Se o seu inglês não estiver afiado, talvez você não consiga entender toda a parte histórica do passeio, que é descrita com muito bom humor pelo guia. Começa pelas igrejas medievais de St. Patrick e Christchurch, passando pela Trinity College, a mais antiga (do século 16) e prestigiada universidade de Dublin.
Ao chegar às docas do Grand Canal, o barco entra na água, dá uma voltinha, mostra o estúdio onde o U2 costumava gravar seus discos. Fora isso, é ir berrando bem imaturamente para assustar os pedestres.
6. A Guinness Storehouse e o pint perfeito
A Guinness Storehouse é a atração turística número 1 de Dublin. Com sete andares, a antiga fábrica conta com áudios, maquetes, pôsteres e vídeos que mostram o processo de fabricação e a história da cerveja.
O ponto alto é a aula de como tirar um pint de Guinness perfeito. O ingresso também dá direito a um pint no Gravity Bar, um bar redondo com paredes de vidro em toda a sua volta e que está a 46 metros do chão. Se o dia não estiver muito nublado, você poderá ver a cidade inteira. Fundada em 1759, a empresa é amada pelos irlandeses.
Entre as razões para isso estão sempre ter colaborado em projetos sociais da comunidade e oferecer um conjunto de benefícios invejável aos funcionários, além de salários maiores que os da concorrência. Sem contar que, até os anos 1970, cada um deles tinha ainda direito a dois pints por dia. Hoje, nada de bebida no trabalho. As cervejas seguem para as casas dos trabalhadores.
7. Gansos, patos, veados e outros bichos nos parques
Apesar de pequena e quase sempre friorenta, Dublin tem mais de dez parques para viver a vida ao ar livre. Alguns ficam bem no Centro da cidade, como o St. Stephen’s Green, o preferido dos moradores para piqueniques à beira do lago. Lá eles alimentam cisnes e patos com biscoitos de arroz integral (fitness, não?).
Mais afastado, o Phoenix Park merece uma programação à parte – um dia inteiro vai bem. Com mais de 7 quilômetros quadrados de área total, é ideal para um passeio de bike – elas podem ser alugadas a € 5 por “a couple of hours” (umas “horinhas”, como me disse, displicentemente, o atendente). Pegue um mapa e guarde-o bem! Saí pedalando sem rumo e sem levar em consideração o título de maior parque urbano de Dublin – o terceiro maior da Europa – e me perdi um tanto.
Uma experiência bacana é ver de perto os veados que ficam soltos no parque. Apesar das placas recomendando distância dos animais, os turistas não resistem a se aproximar para fazer uma selfie. Se não é o seu caso (como não foi o meu), a alternativa fica dentro do parque mesmo. O Zoológico de Dublin, aberto desde 1834 para ajudar a preservar alguns animais ameaçados de extinção, conta com mais de 400 espécies.
Os habitantes mais famosos são os leões asiáticos, rinocerontes, gorilas e elefantes. Esses podem ser vistos mais de perto durante as atividades agendadas, como alimentação ou treinamento. Importante: se quiser entrar, leve cadeado para prender a bicicleta – na Irlanda, é bom não vacilar.
8. Saint Patrick’s Day
Finalmente: se você planeja ir a Dublin, vá em março, quando acontece a festança do St. Patrick’s Day. O feriado é no dia 17, mas o festival em homenagem ao padroeiro da Irlanda dura uma semana inteira. O ponto alto é o desfile, em que os dublinenses comparecem com fantasias, roupas e adereços verdes – a cor tradicional do país, que remete ao trevo de três folhas que, segundo a lenda, São Patrício usou para explicar a Santíssima Trindade aos pagãos celtas no século 5.
Se você é do time dos curiosos, vale fazer o walking tour do historiador Pat Liddy, que explica a história da celebração enquanto passa pelos pontos históricos, como a Igreja de St. Patrick. O desfile não tem carros alegóricos gigantes e tecnológicos, fantasias complexas ou um enredo – não dá para comparar com o nosso Carnaval, por exemplo, como alguns irlandeses me perguntaram. Mas a festa impressiona por reunir todos os tipos de pessoa – de crianças a irlandeses vermelhos de cerveja.
De qualquer modo, quando o desfile termina, um mar de verde ruma em direção aos pubs, em especial na histórica Temple Bar, área que ainda guarda características medievais. O ideal, se você não gosta de muvuca, é ficar um pouco mais distante dessa região – confusões às vezes acontecem.
Na manhã seguinte, ao sair na rua, parece que tudo não passou de um sonho. Todos estão de volta ao trabalho, e as ruas, limpas. Mas basta chegar a noite que a famosa Dublin volta definitivamente à rotina, os pubs lotados, o som dos banjos, flautas e violinos ecoando pelas ruas estreitas de paralelepípedo, e muita cerveja... Sláinte!
Importante: no St. Patrick’s Day, excepcionalmente, o consumo de bebidas alcoólicas na rua é liberado.
Melhor época para visitar: Procure ir entre junho e setembro, meses mais quentes e com dias mais longos. De outubro a dezembro, o colorido do outono cria atraentes tonalidades nas alamedas e parques.
Destino de muitos brasileiros que buscam o país para fazer intercâmbio, Galway vê sua população acrescida anualmente com 20 mil estudantes que chegam em busca de uma de suas universidades. O resultado é uma efervescência cultural que aflora dos menores pubs aos grandes festivais que anualmente agitam a cidade, como o Festival de Artes. Tudo sem deixar para trás as tradições irlandesas, com suas lindas igrejas e castelos.
O condado que leva o nome da cidade abriga mais de 50% dos Gaeltacht, como são conhecidos os locais onde o gaélico irlandês é a língua predominante.
Nada melhor que uma caminhada pelo centro histórico para mergulhar nesse mundo que remete a mil anos atrás, quando era apenas uma vila de pescadores no ponto onde o rio Corrib desagua na baía de Galway.
Dali ainda é possível observar resquícios da muralha construída pelos invasores vikings, em 1217. Próximo dali, o Eyre Square Shopping Center também guarda parte dessa história, já que foi construído em volta de outro pedaço da muralha.
Ela carrega marcas do domínio inglês na região, já que foi convertida de católica para protestante. Dizem que o navegador Cristóvão Colombo rezou na igreja em 1477 antes de sair para descobrir o novo mundo.
Naquela época (séculos 14 ao 17), Galway era conhecida como "Cidade das Tribos" por ter o poder dividido entre 14 famílias tradicionais. Pertencente a uma dessas famílias, o Castelo de Lynch, na Shop Street, é a principal marca do período, sendo um dos mais conservados exemplos de casa medieval do país.
No lado oeste do rio Corrib, fora da antiga cidade murada, fica a vizinhança de Claddagh. Composta basicamente por pescadores, tem como curiosidade o fato ter sido governada por um "rei" eleito até 1972. Apesar de hoje em dia o "rei" pouco representar, a vizinhança mantém a tradição, com direito à cerimônia de coroação. O atual se chama Michael Lynkey.
De lá também vem um dos souvenires mais procurados de Galway: o anel de Claddagh. Produzido desde o século 17, se tornou parte das tradições irlandesas e traz a imagem de duas mãos (que representam amizade), um coração (amor) e uma coroa (lealdade).
Ilhas Aran
Para ir além, as Ilhas Aran, no final da baía de Galway, é o destino. Acessada por barco ou pequenos aviões, logo ao chegar já dá para perceber a diferença da vida no pequeno arquipélago. Os habitantes locais usam principalmente o gaélico como idioma corrente.
As ilhas Aran são compostas por três grandes formações de rocha calcária, com pouquíssima vegetação. Ao longo do tempo, seus habitantes foram partindo as pedras e formando milhares de muros de pedras pelas ilhas, abrindo espaço para um pouco de solo e, assim, possibilitar a agricultura. Com poucos recursos naturais, não atraiu o interesse dos conquistadores ingleses, mantendo assim sua cultura.
Esse fato, porém, está longe de dizer que as ilhas são desinteressantes. Vide as primeiras marcas de ocupação humana, que datam de 3.000 anos antes de Cristo. Tumbas datando de 2500 a.C. encontradas na ilha principal, chamada de Inis Mór, ou Ilha Grande em gaélico, são as construções mais antigas.
Tudo parece cenográfico. Casas modernas dividem espaços com antigas construções de pedra com tetos de palha que seguem sendo habitadas.
Ruínas de antigas igrejas e cemitérios estão espalhados por todas as ilhas, assim como fortes militares.
A maioria dos turistas opta por alugar bicicletas para desbravar com calma as ilhas, passando pelas pequenas e belas prainhas do local.
No total, sete fortes das ilhas Aran são considerados Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. O forte Dún Aonghasa, no ponto mais alto da ilha principal, é o destaque. A parte mais antiga de sua construção data de 1100 a.C.
Um centro de informações localizado no pé do morro que serve de sítio arqueogeológico fornece todas as informações sobre o local, mas é chegando ao topo que se percebe o encanto do local. O forte está construído na beirada de um penhasco 100 metros acima do nível do mar.
A vista é de tirar o folego, sendo necessário controlar o medo para chegar bem pertinho da beirada.
"Bogs"
Para mergulhar um pouco mais na natureza do oeste irlandês, o Parque Nacional Connemara é atração imperdível. São pouco menos de 3.000 hectares de montanhas, campos, florestas, pântanos e os curiosos "bogs", que são camadas e camadas de musgos que cobrem boa parte do local.
Existem diversas opções de caminhadas até lagos e topos de montanha no parque, mas a mais frequentada e única que pode ser feita sem guia é até o topo da Diamond Hill. São 7,6 km de caminhada, ascendendo até 423 metros de altitude. Do topo, enquanto o corpo tenta resistir à ventania gelada, a vista alcança toda a cadeia montanhosa que cerca a região, o Oceano Atlântico e, no pé do morro, outra atração local: o Kylemore Abbey.
O castelo localizado em uma encosta à beira do Lago Pollacappul é um dos destinos mais românticos da Irlanda e o mais visitado do oeste do país.
O rico casal Mitchell e Margaret Henry se encantou tanto com a região durante a viagem de lua de mel, que ele decidiu presentear a esposa com o castelo em 1871. A felicidade durou pouco, já que ela faleceu três anos depois. A capela gótica construída em 1877 abriga os restos mortais de Margaret.
Foi posteriormente vendido aos extravagantes duques de Manchester, que o perdeu apostando em um jogo de cartas. Permaneceu praticamente abandonado até 1920, quando monges beneditinos escolheram o local para viver em clausura. Os monges ainda vivem por lá, em uma área isolada do castelo, mas a clausura foi interrompida pela presença massiva de turistas que querem conhecer o belo edifício. Coloridos e bem cuidados jardins vitorianos complementam a agradável visita.
ESTA EH A BANDEIRA DA IRLANDA
ESTE EH O BRASÃO DA IRLANDA
ESTA EH A BANDEIRA DA IRLANDA
ESTE EH O BRASÃO DA IRLANDA
fonte / fotos = Thymonthy Becker / viajeaqui.abril.com.br / Divulgação / uol.com.br /
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