Antes impenetrável para qualquer um que não os indígenas Pemon, o Monte Roraima, situado na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, tem atraído cada vez mais aventureiros modernos.
De topo plano e envolta por misticismo, a montanha de 2,8 mil metros de altura deixou exploradores do século 19 perplexos. Hoje, recebe vários milhares de escaladores por ano que vão em busca do trekking de três dias que passa pela savana, rios, debaixo de uma cachoeira e por um caminho estreito escalando os penhascos do monte.
foto - Rodrigo Hortenciano
Entre 3 mil e 4 mil pessoas escalam a montanha todo ano, enquanto alguns anos atrás eram centenas. Isso gera filas nos períodos de pico, perto do Natal e da Páscoa.
Helicópteros levam os turistas mais abastados, especialmente do Japão, até o topo.
“É um destino exótico e distante, então é ao mesmo tempo muito caro e muito atrativo”, diz o diplomata aposentado japonês Edo Muneo, de 68 anos, que teve que passar por um teste físico junto com outros compatriotas antes de deixar o Japão em direção a Roraima.
Apesar de essas multidões serem bem-vindas para a cambaleante indústria do turismo venezuelana, elas também espalham lixo indesejado pela paisagem pré-histórica e danificam um delicado ecossistema.
O Roraima é considerado solo sagrado pelos Pemons e um símbolo espiritual para muitos outros venezuelanos. "O monte já foi mais solitário e inóspito", diz Felix Medina, um guia de 59 anos que há mais de uma década leva pessoas para o topo da montanha.
“Eu ainda amo esse lugar, mas há gente demais”, diz ele, com a panturrilha dolorida após levar dois grupos acima e abaixo do monte Roraima com a agência de viagens local Akanan. “Às vezes fica caótico”, diz.
Alguns amantes do monte Roraima querem que o governo, os operadores de turismo e os líderes locais Pemon criem regras para limitar o número de pessoas que podem subir ao topo diariamente. Eles também gostariam que as regras fossem aplicadas de forma mais estrita, para obrigar turistas e guias a recolherem todo o lixo com eles.
A venezuelana Cristina Sitja, de 42 anos, disse que ouviu falar do Roraima desde a adolescência e só conseguiu subir este ano. “Foi uma ótima experiência, mas triste também. Esperava que fosse mais tranquilo.”
Na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, o platô que abriga o topo do Monte Roraima é um dos pontos mais elevados do país, a 2 734 metros de altitude. O cenário encanta turistas e cientistas com grandes paredões, cachoeiras, lagos, formações rochosas curiosas e espécies vegetais e animais endêmicas, como plantas carnívoras e um sapo do tamanho de uma unha.
Acesso: Somente pela Venezuela. De Boa Vista, os viajantes seguem por terra, geralmente em vans, até a cidade venezuelana de Santa Elena de Uairén. Depois de trocar o veículo por um 4X4, a viagem segue até a aldeia de Paraitepuy, de onde começa a caminhada - o Brasil é o país com a menor área do Monte Roraima, com apenas 5%, contra 10% da Guiana e 85% da Venezuela.
Melhor época: Entre setembro e março, quando chove menos. As longas caminhadas ficam mais fáceis e as fotografias ficam melhores.
Informações: a Roraima Adventures - (95) 3624-9611 organiza trekkings de seis a oito dias, incluindo os principais atrativos da região. Instituto Chico Mendes, 3623-0473 (Boa Vista) e 3592-1085 (Pacaraíma).
Fora da estação, as duas montanhas têm uma aura pacífica apropriada para uma das formações mais antigas da terra. No vasto platô do Roraima, há rochas torcidas e estranhas, formadas quando os continentes africano e americano se separaram.
No clássico livro de 1912 “O Mundo Perdido”, do britânico Arthur Conan Doyle, dinossauros atacam um grupo de exploradores entre as rochas e os pântanos dessa paisagem fantasiosa.
Os viajantes atuais podem ver sapos negros, libélulas e tarântulas que são únicas dessa montanha, além de plantas endêmicas.
AQUI TURISTA NO CUME DO MONTE RORAIMA
foto - Wikipédia
O MONTE RORAIMA
O Monte Roraima é uma montanha localizada na América do Sul, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Constitui um tepui, um tipo de monte em formato de mesa bastante característico do Planalto das Guianas.
Delimitado por falésias de cerca de 1.000 metros de altura, seu platô apresenta um ambiente totalmente diferente da floresta tropical e da savana que se estende a seus pés. Assim, o alto índice pluviométrico promoveu a formação de pseudocarstes e de numerosas cavernas, além do processo de lixiviação do solo.
Delimitado por falésias de cerca de 1.000 metros de altura, seu platô apresenta um ambiente totalmente diferente da floresta tropical e da savana que se estende a seus pés. Assim, o alto índice pluviométrico promoveu a formação de pseudocarstes e de numerosas cavernas, além do processo de lixiviação do solo.
Seu ponto culminante eleva-se no extremo sul, no estado venezuelano de Bolívar, a 2.810 metros de altura. O segundo ponto mais alto, com 2.772 metros, localiza-se ao norte do platô, em território guianense, próximo ao marco de fronteira entre os três países.
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A HISTÓRIA
Descoberto apenas no século XIX, o monte Roraima foi escalado pela primeira vez em 1884, por uma expedição britânica chefiada por Everard Ferdinand im Thurn. Entretanto, apesar das diversas expedições posteriores, sua fauna, flora e geologia permanecem largamente desconhecidas. A história de uma dessas incursões inspirou sir Arthur Conan Doyle a escrever o livro O Mundo Perdido, em 1912.
Com o desenvolvimento do turismo na região, especialmente a partir da década de 1980, o monte Roraima tornou-se um dos destinos mais populares para os praticantes de trekking, devido ao ambiente singular e às condições relativamente fáceis de acesso e escalada. O trajeto mais utilizado é feito pelo lado sul da montanha, através de uma passagem natural à beira de um despenhadeiro. A escalada por outros pontos, no entanto, exige bastante técnica, mas permite a abertura de novos acessos.
Com o desenvolvimento do turismo na região, especialmente a partir da década de 1980, o monte Roraima tornou-se um dos destinos mais populares para os praticantes de trekking, devido ao ambiente singular e às condições relativamente fáceis de acesso e escalada. O trajeto mais utilizado é feito pelo lado sul da montanha, através de uma passagem natural à beira de um despenhadeiro. A escalada por outros pontos, no entanto, exige bastante técnica, mas permite a abertura de novos acessos.
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ACESSO
O monte Roraima está localizado no norte da América do Sul. Divide-se entre três países: Brasil a leste (5% de sua área), Guiana ao norte (10%) e Venezuela ao sul e oeste (85%). Administrativamente, é parte do estado brasileiro de Roraima. A parte venezuelana do monte está inserida no Parque Nacional Canaima e a brasileira no Parque Nacional do Monte Roraima.
Apesar de estar localizado numa região remota da América do Sul, o acesso ao monte Roraima é relativamente fácil pelo lado venezuelano. Porém, tanto pelo lado brasileiro quanto pelo lado guianense, a região é totalmente isolada e pouco povoada. Acessível apenas por vários dias de caminhada pela floresta ou por pequenas pistas de pouso locais.
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CURIOSIDADE
O monte Roraima é denominado em espanhol como tepuy Roraima ou cerro Roraima. No entanto, a grafia correta seria Roroima. Seu ponto culminante é a Maverick Stone, nome dado em virtude de sua semelhança com o veículo de mesmo nome, fabricado pela Ford
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A LENDA
A lenda do Monte Roraima surgiu na tribo dos índios Macuxi, que ali habitavam. Conta que antigamente não havia nenhuma elevação naquelas terras. Muitas tribos indígenas viviam naquela área plana e fértil onde a caça, a pesca e outros frutos eram abundantes.
Porém, num dia, nasceu num local uma bananeira, uma árvore que nunca aparecera ali antes. tornou-se, rapidamente, viçosa e cheia de belos frutos, mas um recado divino foi dado aos pajés: "Ninguém poderia tocar nela ou em seus frutos, pois aquele era um ser sagrado; Se alguém o fizesse, inúmeras desgraças aconteceriam ao povo daquela terra.
Todos obedeceram ao aviso que lhes foi dado. Porém, ao amanhecer de um certo dia, a tribo percebeu que haviam cortado a árvore e, em instantes, a natureza revoltou-se. Trovões e relâmpagos rasgavam o céu deixando todos assustados. Os animais fugiam. E do centro da Terra surgiu o Monte Roraima, elevando-se imponente até o céu. Pessoas dizem que até hoje o monte "chora" pela violação no passado.
Porém, num dia, nasceu num local uma bananeira, uma árvore que nunca aparecera ali antes. tornou-se, rapidamente, viçosa e cheia de belos frutos, mas um recado divino foi dado aos pajés: "Ninguém poderia tocar nela ou em seus frutos, pois aquele era um ser sagrado; Se alguém o fizesse, inúmeras desgraças aconteceriam ao povo daquela terra.
Todos obedeceram ao aviso que lhes foi dado. Porém, ao amanhecer de um certo dia, a tribo percebeu que haviam cortado a árvore e, em instantes, a natureza revoltou-se. Trovões e relâmpagos rasgavam o céu deixando todos assustados. Os animais fugiam. E do centro da Terra surgiu o Monte Roraima, elevando-se imponente até o céu. Pessoas dizem que até hoje o monte "chora" pela violação no passado.
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A FLORA
A flora dos tepuis é largamente desconhecida devido à exploração tardia dessa região da América do Sul e novas espécies são descobertas a cada ano. As espécies identificadas são marcadas pelo forte endemismo – em especial a fauna –, o que indica ameaça ou risco iminente de extinção.
Ao pé da montanha e ao fundo dos penhascos estende-se uma floresta tropical de folhas persistentes, formada por espécimes de 25 a 45 metros de altura (algumas podem atingir os 60 metros). Uma característica dessa floresta é a presença da Bonnetia roraimae, espécie endêmica utilizada pelos pesquisadores como referência para demarcar os limites da zona ecológica oriental dos tepuis.
Devido à sua posição (abaixo das falésias), essa floresta exibe grande variedade de epífitas – espécies vegetais que crescem sobre outras árvores. Já nas falésias, onde o solo é mais arenoso e o clima mais frio, a vegetação é composta por bromeliáceas de espécies muito similares às andinas, como as do gênero Brocchinia, Cottendorfia e Navia. Ao norte, leste e oeste, estende-se um prolongamento setentrional da floresta amazônica; enquanto que ao sul, a paisagem é mais aberta, como uma savana (a Gran Sabana).
Devido à sua posição (abaixo das falésias), essa floresta exibe grande variedade de epífitas – espécies vegetais que crescem sobre outras árvores. Já nas falésias, onde o solo é mais arenoso e o clima mais frio, a vegetação é composta por bromeliáceas de espécies muito similares às andinas, como as do gênero Brocchinia, Cottendorfia e Navia. Ao norte, leste e oeste, estende-se um prolongamento setentrional da floresta amazônica; enquanto que ao sul, a paisagem é mais aberta, como uma savana (a Gran Sabana).
foto - Wikipédia
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MARCO DA TRÍPLICE FRONTEIRA
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A FAUNA
A fauna ao pé da montanha é composta por diversas espécies de mamíferos. Essa grande diversidade é registrada especialmente na floresta amazônica.
A avifauna é representada por centenas de espécies, das quais as mais comuns são a marreca-toicinho, o falcão-de-coleira, o periquito-de-bochecha-parda, o peixe-frito-pavonino, a corujinha-de-roraima, a coruja-buraqueira, o tico-tico, o tucaninho-verde, além de cinco espécies de beija-flor, entre outros.
Devido à pouca mobilidade em relação às outras espécies, répteis e anfíbios apresentam grandes diferenças entre os indivíduos encontrados na base e no topo do monte Roraima.
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O PARQUE NACIONAL
O Parque Nacional do Monte Roraima localiza-se no estado de Roraima, e tem por objetivo a proteção da flora, fauna e demais recursos naturais da Serra Pacaraíma. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Na Venezuela existe um Parque Nacional englobando o Monte Roraima, é o Parque Nacional Canaima, com aproximadamente 4 milhões de hectares, que é considerado o maior Parque Nacional da América Latina.
AQUI O FOSSO
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PLATÔ COM ÁREA PANTANOSA
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QUARTZO NO VALE DOS CRISTAIS
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PEDRA TARTARUGA
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PEDRA ET
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fonte dos textos e fotos: Wikipédia / Thymonthy Becker / G1.com / viajeaqui.abril.com.br / exploradores.com.br
DA JANELA DO TREM VOCÊ CONHECE O MUNDO
VALEU PELA AVENTURA
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